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87% das pessoas concordam que cultura alivia o estresse, diz pesquisa

A segunda onda da pesquisa Hábitos Culturais mostra quais são os impactos da prática de atividades culturais com a saúde mental dos brasileiros

Lançada nesta segunda-feira, 13 de janeiro, a nova onda da 5ª edição da pesquisa Hábitos Culturais, realizada pela Fundação Itaú em parceria com o Data Folha, detalha a percepção da população em relação ao consumo de atividades culturais e seus benefícios à saúde mental.

Para 83% dos entrevistados, as vivências culturais diminuem a sensação de solidão e melhoram o relacionamento com as pessoas de casa, além do relacionamento no trabalho, apontada por 80% das pessoas. Outro destaque é que 87% dos respondentes concordam totalmente ou em partes que essas experiências diminuem o estresse e a ansiedade e 86% apontam que melhoram a qualidade de vida.

De acordo com o levantamento, os benefícios das atividades culturais são mais percebidos pelos moradores de cidades médias, pelas mulheres, pelos indivíduos mais escolarizados, com maior renda e entre os grupos de menor faixa etária:

Mulheres sentem uma diminuição maior da sensação de tristeza com a realização de atividades culturais do que os homens, sendo 88% e 83% respectivamente. 

A diminuição do estresse é levemente mais forte em municípios de médio porte (91%) do que em grandes e pequenas cidades, ambas com 86% de menções para este quesito.

A sensação de melhoria de qualidade de vida proporcionada pela cultura é maior entre os indivíduos com ensino superior (91%) do que entre os que têm somente o ensino fundamental (83%)

•Diferença semelhante foi verificada, também, no caso de diminuição do estresse (91% contra 84%), diminuição de sensação de tristeza (89% contra 82%) e diminuição de sensação de solidão (85% contra 80%). Os benefícios da cultura é percebido sobre a saúde mental também são mais percebidos entre as faixas de renda mais altas.

As contribuições dos hábitos culturais para a melhora das questões relacionadas à saúde mental foram apontadas por grande parte dos respondentes entre todas as faixas de renda. Entretanto, são mais percebidas entre as faixas de renda mais altas.

A diminuição do estresse é apontada por 90% dos indivíduos da Classe AB contra 84% na DE. Da mesma forma, a melhoria na qualidade de vida foi apontada por 90% contra 81%, a diminuição da tristeza, 89% contra 82%; a diminuição da solidão, 84% contra 78%; melhora de relacionamento com pessoas de casa, 83% contra 79%; e melhora de relacionamento no trabalho, 81% contra 79%.

Saúde mental nos últimos 12 meses
A quinta edição da pesquisa também avaliou a incidência de problemas de saúde mental nos últimos 12 meses entre os brasileiros. De acordo com o estudo, 42% dos entrevistados declararam ter tido algum problema de saúde mental em 2024 e 64% procuram ajuda para enfrentar a situação. Outras características da amostra coletada pela pesquisa são: 

A incidência do problema foi mais marcante nas capitais (44%) do que nas cidades do interior (37%).

Mais presente nas grandes cidades (45%) do que nos municípios de médio (40%) e pequeno porte (37%).

As mulheres foram mais afetadas (51%) do que os homens (28%).

O problema de saúde mental atingiu mais os grupos mais jovens, de 16 a 24 anos (45%), do que os mais velhos, de 45 a 65 anos (34%).

Os grupos mais escolarizados, com formação superior, declararam maior incidência (48%) do que os grupos com apenas o ensino fundamental (37%).

A Classe AB também declara maior ocorrência do fenômeno (42%) do que a Classe DE (36%).

 
Sobre a pesquisa
Além de saúde mental, o levantamento, que ouviu 2.494 pessoas em todas as regiões do país, em agosto deste ano, também mostrou a relação da cultura com a educação e quais os hábitos culturais mais frequentes no dia a dia da população. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

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