Observatório da Fundação Itaú divulga avaliação sobre dados do Pisa
Resultado de exame internacional mostra desafio dos estudantes brasileiros em matemática
Nesta terça-feira (05) foi divulgado o novo relatório do Pisa (Programa Internacional de Avaliação do Estudante), organizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Apesar da ligeira queda das notas dos estudantes brasileiros, a variação não é estatisticamente significativa, representando uma estabilidade no desempenho nos últimos anos. Também vale destacar que o país avançou no ranking internacional, especialmente em relação à leitura e à ciência
O estudo avalia três áreas de conhecimento e em ambas o Brasil registrou uma queda na pontuação. Em matemática, foram cinco pontos (de 384 para 379), leitura foram três (de 413 para 410) e em ciência foi de um (de 404 para 403), ficando na 64ª, 52ª e 61ª posição entre as 81 nações avaliadas, respectivamente.
Na percepção dos estudantes, 72% disseram que os professores dão ajuda extra diante de alguma necessidade dos alunos. De modo geral, sistemas de educação reportam menos quedas no desempenho de matemática quando contam com maior apoio dos professores. A média da OCDE é de 70% de alunos reportando esse tipo de apoio extra.
No Brasil, a maioria dos estudantes, sete em cada dez, não alcança o nível básico de proficiência em matemática (nível 2), enquanto a média da OCDE é de apenas três em cada dez. Já em países da América Latina, como Chile, o índice é de cinco em cada dez nessa situação. Já em leitura, 50% dos estudantes alcançam nível 2 ou mais. Em ciências é 45%.
Outro destaque foi o crescimento significativo do sentimento de solidão e ansiedade em crianças, adolescentes e jovens. Um dos países com maiores ocorrências nesse índice é o Brasil, ficando na 68ª posição.
As crianças que têm experiências em creches e pré-escolas apresentam trajetórias escolares mais consistentes. Mesmo com essa evidência, foi observado que alunos de famílias em situação de vulnerabilidade social têm três vezes mais riscos de serem reprovados do que aqueles com maior nível socioeconômico.