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Olga Lysloff
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Atividades culturais contribuem para uma melhor saúde mental, aponta pesquisa

Para 54% dos brasileiros, a cultura é fonte de bem-estar, diminui a sensação de solidão e tristeza e melhora o relacionamento em casa e no trabalho


De acordo com a quarta edição da pesquisa “Hábitos culturais”, realizada pela Fundação Itaú em parceria com o Datafolha, realizar atividades culturais promove bem-estar e ajuda a enfrentar e prevenir questões de saúde mental. A resposta foi dada por 54% dos brasileiros que participaram do levantamento, realizado entre os dias 1o e 28 de setembro de 2023.

Entre os efeitos positivos que os entrevistados percebem ao realizar atividades culturais, 61% concordam plenamente que programas culturais reduzem o estresse e diminuem a sensação de tristeza e de solidão. Já 58% dizem que melhoram o relacionamento em casa; para 57%, também melhoram a qualidade de vida; e, por fim, 50% dizem que esses programas ajudam em um melhor relacionamento no trabalho.

Dos 54% de pessoas que apontam a cultura como fonte de bem-estar, 18% preferem ir ao cinema, 15% gostam de assistir a shows e festivais de música, 12% escolhem o teatro, 9% preferem ouvir música e dançar, 4% são mais adeptos de visitas a museus e 3% apontam a leitura.

Realizar atividades de lazer (parques, igrejas, praia, passeios) e físicas e esportivas, ambas com 19% das respostas, também é apontado como opção para melhorar ou prevenir questões de saúde mental.

Problemas de saúde mental afetam mais as mulheres
A pesquisa revela que quatro em cada dez entrevistados (42%) relataram problemas de saúde mental ou emocional nos últimos 12 meses, sendo que 63% buscaram tratamento adequado. As mulheres são as mais afetadas, representando 53%, ante 30% dos homens. Também é ressaltado que, do total de afetados, 55% não estão exercendo atividade de trabalho.

Ao olhar para as classes econômicas, o estudo mostra que as classes D e E (51%) sofrem mais com as condições de saúde mental e emocional do que as classes A e B (33%). Em termos de idade dos entrevistados, aqueles de 25 a 34 anos representam 53% do grupo que relatou problemas, seguido por pessoas de 16 a 24 anos e de 45 a 65 anos (ambos com 42%) e de 35 a 44 anos (34%).

No recorte geográfico, 45% dos participantes vivem na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e 37% na Região Metropolitana de São Paulo. Já por região brasileira, o Nordeste lidera (50%), seguido por Centro-Oeste e Sul (ambos com 44%), Sudeste (40%) e Norte (24%).

O levantamento ouviu 2.405 pessoas de 16 a 65 anos em todas as regiões do país, por meio de entrevistas presenciais e telefônicas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O índice de confiança da pesquisa é de 95%. Cada ponto percentual representa 1,4 milhão de indivíduos.

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